As mantas alentejanas eram usadas maioritariamente por pessoas ligadas à terra, à agricultura, por camponeses e pastores que de forma eficiente conseguiram proteger-se da agressividade do inverno e adaptar-se ao clima ao longo dos anos.

Com a revolução liberal no séc. XIX, as mantas de Reguengos integram-se na classe média, ao contrário de outras mantas alentejanas como as de Mértola do baixo Alentejo. É a partir desta altura que há uma grande actualização nos padrões e nas cores, pois a lã passa a ser tingida, diferenciando-se assim das de outras regiões do Alentejo.

O facto de pertencerem a uma burguesia de classe média, fez com que surgisse a criação da Fábrica de Lanifícios de Reguengos, contrariando o que se via noutras regiões em que os teares eram operados em casa.

Com raízes predominantemente locais, ao longo do tempo as mantas alentejanas conseguiram atingir uma projecção nacional e internacional, sendo apreciadas em todo o mundo.

São hoje um verdadeiro símbolo vivo da nossa história.