A tanoaria é a arte que trabalha a madeira e o ferro para se obter, tradicionalmente, recipientes como barris, pipas, tonéis e cascos, destinados à conservação e transporte de mercadorias, sobretudo bebidas.
Em Portugal as oficinas de tanoaria surgiram principalmente em zonas ligadas à produção e exportação de vinho – Gaia, Porto, Lisboa Setúbal, Régua e Funchal – uma vez que a madeira proporciona ao vinho sabor, suavidade e complexidade.
Tudo começa com peças de madeira chamadas aduelas. Estas peças são secas ao ar livre por pelo menos dois anos. Seguidamente, estão prontas a ser cortadas e são colocadas dentro de dois aros metálicos que fazem pressão sobre elas. A forma da peça é obtida graças ao fogo a lenha posto no seu interior e que permite curvar as aduelas e torná-las estanques. A este processo se chama tosta ou queima. Por fim, coloca-se o fundo e a tampa (caso a haja).
O surgimento de novos materiais como o plástico e o inox, fez cair o número de tanoeiros ainda hoje no activo, tornando o seu árduo trabalho ainda mais valorizado.