Em Várzea de Calde (Viseu) o ciclo do linho artesanal mantém-se integralmente como outrora, da sementeira à tecelagem, constituindo um património de valor único em Portugal.

Nesta região, as raparigas aprendiam cedo a fiar e quase todas as casas tinham um tear onde as mulheres dos lavradores ocupavam as suas horas livres, numa lógica de auto-suficiência. Os tecidos de linho e de estopa constituíam a base da indumentária e da roupa de casa.

Nesta aldeia, ainda hoje se preserva esta tradição que se perde no tempo, graças a um grupo de mulheres que, por amor a este ofício, não deixa que ele se perca.